sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Ataques do Hamas desde a Faixa de Gaza

Após os ataques na semana 25-29 de fevereiro o mundo pode perceber que o Hamas não tem interesse em uma resolução pacífica para a criação do Estado Palestino e o estabelecimento da PAZ. Ao visitar o necrotério do Hospital Shifa, em Gaza, Khalil al Haya, um dos principais líderes do Hamas na cidade, afirmou que estava orgulhoso de seu filho Hamza ter perdido a vida devido a um revide israelense: "Eu agradeço a Deus por este presente. Este é o décimo membro da minha família que recebe a honra do martírio".

Estarei postando o Pronunciamento da Ministra de Relações Exteriores de Israel, Tzipi Livni.


“Israel tomou a decisão de retirar-se da Faixa de Gaza. Oferecemos aos palestinos a esperança e a situação na região é de puro terror. O Hamas está ganhando força em Gaza. A comunidade internacional também apoiou a retirada das forças da FDI do Corredor Philadelphi e o Hamas está se aproveitando disso para organizar um exército que é pequeno em número, mas poderoso dentro de Gaza. Os tomadores de decisão em Israel e o mundo devem ficar atentos a este fato”.

“Nossa estratégia foi, e ainda é, fazer a distinção entre moderados e extremistas, entre a Faixa de Gaza e a Cisjordânia. O Hamas é uma organização terrorista islâmica, que deve ser combatida e a sua ilegitimização deve ser mantida. Estamos dando continuidade a negociações com os moderados na Autoridade Palestina, mas precisamos ser realistas. Somente as negociações não irão resolver os problemas criados por Gaza, e certamente isso não ocorrerá em um curto período de tempo. Pelo contrário, a situação em Gaza irá afetar nossa habilidade de implementar as resoluções destas negociações. O Mapa de Caminho baseia-se na idéia que a criação de um Estado Palestino deve passar por uma guerra com o terrorismo. A mudança de fato deve ocorrer antes do estabelecimento de um Estado Palestino, se há a intenção de incluir a Faixa de Gaza”.

“Há três aspectos com os quais não podemos concordar: não permitiremos o estabelecimento de um estado terrorista, não podemos aceitar um estado islâmico extremista fazendo fronteira com Israel e não podemos aceitar um estado fraco e falido. Em nossas negociações atuais com os palestinos, estes assuntos estão nas discussões e acredito que estes são de interesse mútuo. A essência das negociações deve proporcionar uma resposta concreta para a experiência negativa de Gaza. Quaisquer acordos futuros devem, portanto, assegurar as necessidades de segurança de Israel. Quaisquer acordos futuros estarão sujeitos à situação real e devem mudar esta situação. Gaza é controlada pelo Hamas e este fato claramente afeta o futuro dos palestinos. Israel não deseja punir todos os palestinos e a situação deve ser mudada. Israel adotou uma estratégia dupla – pressão contínua sobre as organizações terroristas e negociações com os moderados da Autoridade Palestina. Esta é a política correta. Israel luta contra o terror e continuaremos lutando contra o terror. Esta é a nossa obrigação. Proporcionar uma resposta a ameaça do terror na região não é apenas interesse de Israel, também deve ser interesse dos moderados palestinos e de toda a comunidade internacional que apóia o processo de paz”.

“A situação na região é intolerável, e a ameaça de terror de Gaza cresce a cada ano. O problema não está apenas nos mísseis Kassam, mas também no fortalecimento das organizações terroristas. Israel deve agir para reduzir estas ameaças. Mesmo que ocorra uma redução nos disparos, não deixemos que esta calmaria nos engane. As organizações terroristas crescem em força e o planejamento para o futuro deve se basear no entendimento desta ameaça agora, no presente. O mundo deve entender a verdadeira natureza do Hamas. As atitudes desta organização não buscam a ocupação e o fato é que a mesma persiste em buscar o terrorismo mesmo após Israel ter deixado Gaza. O Hamas está associado a organizações islâmicas extremistas na região e ameaça não somente Israel, mas também os moderados na Autoridade Palestina. Não somos ingênuos e não acreditamos que o diálogo político possa proporcionar uma resposta para esta ideologia”.