sábado, 26 de abril de 2008

Seder para Sobreviventes

ב"ה

סדר לשרידים

O Seder de Pessach não teria o mesmo significado para os sobreviventes do Holocausto se não fosse a ajuda de voluntários. Matéria publicada pelo The Jerusalem Post no último dia 24, por Ruth Eglash, mostra o descaso do Governo Israelense e da população para com as testemunhas vivas da última tragédia acontecida ao nosso povo.

A Associação para Ajuda Imediata aos Sobreviventes do Holocausto enviou seus voluntários aos asilos, hospitais e residências para garantir um Seder no qual um dos principais ingredientes foi um pouco de dignidade. Muitos desses velhinhos não têm a presença de filhos ou parentes e seus Pessachim têm perdido o significado com o passar dos anos.

Doentes, inválidos ou cansados do passar dos anos, muitos deles só têm encontrado alento e conforto nas palavras e ajuda de voluntários abnegados à causa da guemilut hassadim.

Um estudo de 2005 mostrou que 40% dos sobreviventes, cerca de 260.000 judeus, vivem em estado de pobreza. O Governo mantém uma ajuda de 83 shekels por sobrevivente, ínfimo em vista ao valor moral e social que este ostenta. Em dezembro de 2007 uma série de protestos foram realizados afim de aumentar esta ajuda de custo. O Estado propôs um aumento de 3,8 Mi para os recursos sociais deste fim, bem abaixo do requerido pela Fundação de Beneficência aos Sobreviventes do Holocausto que estipulou 7.7 Mi. Com este valor, segundo a fundação, poderia-se fazer duas categorias de benefício: 1.000 Shekels para os que sobreviveram aos campos de concentração e 500 shekels para os que se refugiaram no período da Guerra.

Enquanto o Governo e as entidades filantrópicas travam esta quebra de braço, os velhinhos vitimados pelo Shoah e que experimentaram a liberdade pascal em face aos horrores do nazismo estão sendo escravizados pelo descaso e abandono. Para os interessados em ajudar a Association for Immediate Help to Holocaust Survivors entrem em conto pelos telefones: (04) 983-0145 ou 077-424-5246

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Mega Bar Mitzvah


Calma! Não se empolguem! Estas são pernas de alguns dos hassidim que compareceram ao Bar Mitzvah do jovem Sholom Rokeach, filho do Rebbe Aharom Mordechai Rokeach shlita, filho do quinto Rebbe Belz, Yissachar Dov Rokeach shlita.

A cerimônia se deu no último dia 20 de Adar I (26 de fevereiro) em Katamon, Jerusalém. Uma festa para 15.000 convidados não seria comportada dentro do Belz Central, portanto, mãos a obra! Uma gigantesca estrutura foi montada na rua com uma vasta arquibancada e telões para os espectadores que não conseguissem entrar no mega salão. Tamanha grandiosidade não é a toa; o pequeno Sholom é o filho mais velho do Rebbe Aharom M. Rokeach e poderá vir ser o sétimo Rebbe Belz, b’ezrat H’.

O movimento Hassidico Belz recebe o nome da cidade onde se originou, em meados da primeira metade do século XIX. A pequena cidade de Bels, a Oeste da Ukrania, possuía uma comunidade judaica grande, cerca da metade de seus 6.000 habitantes. O movimento teve seu início em 1817 quando o primeiro Rebbe, Sholom Rokeach zt’l, ergueu a Grande Sinagoga de Belz, inaugurada em 1843, porém destruída na Segunda Guerra. Esta quase pôs fim aos hassidim de Belz. As tropas da Gestapo tinha o líder do movimento, o então quarto Rebbe Aharom Rokeach (1877-1926) em sua lista de procurados. Fugir do clima hostil da Europa e da perseguição nazista não foi nada fácil. Infelizmente muitos não conseguiram escapar das mãos da Gestapo. Os mais afortunados ou agraciados conseguiram refugiar-se nos Estados Unidos, Rússia e Hungria. O Rebbe Aharom Rokeach e seu irmão mais novo, Rabbi Mordechai de Bilgorai, conseguiram refúgio na Hungria e de lá partir para Budapeste até que a Agência Judaica conseguisse autorizaçã para que entrassem na Palestina.

Chegando em Israel o movimento é restabelecido em Tel Aviv. O Rebbe Aharom e seu irmão contraíram novos casamentos, uma vez que haviam perdido toda a família na Guerra. Contudo apenas Rabbi Mordechai concebe um filho, o qual recebeu o nome de Yissachar Dov Rokeach, quinto e atual Rebbe Belz desde 1966.

Hoje, o movimento Hassidico Belz é um dos mais crescentes em Israel. Mantendo Yeshivah em Tel Aviv, Bnei Berak e em Jerusalém e ainda uma grande representação nos Estados Unidos, tem se afirmado como uma tradicional corrente Hassidica. Possui Beit Din próprio e desde 1950 tem instalada sua corte no bairro de Katamon em Jerusalém. Os Belz também investem em ações beneficentes como assessoria jurídica e clínicas públicas em Israel e nos EUA.

Parabéns, pequeno Sholom! Que seu futuro seja tão brilhante quanto o passado de sua família.